594 - CAETANO

Depois de umas quantas temporadas a jogar pela equipa principal do Penafiel, o FC Porto lembra-se do jogador que, 4 anos antes e de “Azul e Branco” vestido, tinha posto um ponto final nas suas etapas de formação.
Os números desse futebolista, de seu nome Caetano, não se quedavam apenas pelas épocas que já levava como sénior. As partidas disputadas, os golos concretizados e, acima de tudo, as exibições de encher o olho, fariam com que Artur Jorge, nesse Verão de 1989, quisesse de volta às Antas, o atacante que, tão precocemente, abandonara o “Reino do Dragão”.
Veloz, com uma técnica que permitia ultrapassar o mais intrépido dos defesas e esforçado nas tarefas de recuperação da bola, Caetano tinha tudo para impressionar os seus treinadores. Contudo, por essa altura, no Estádio das Antas morava uma equipa que, na ressaca da vitória na Taça dos Campeões Europeus de 1987, estava carregada de craques. Ora, no lado destro da ofensiva portista morava um tal de Jaime Magalhães. Como uma sombra, o internacional português haveria de ser o principal responsável pela ofuscação do, recém-chegado ao clube, extremo direito.
Sem grandes chances de mostrar as suas, mais que certas, qualidades, Caetano haveria de deixar o emblema da “Invicta”, ao fim da campanha de 1989/90. Com o título de Campeão Nacional na bagagem, o atacante rumaria ao Tirsense. A ida para a “Cidade dos Jesuítas” que, de início, até poderia ter sido vista como um retrocesso, acabaria por se revelar uma decisão bastante acertada.
Em Santo Tirso, Caetano jogaria por 6 temporadas. A maioria delas, num corrupio constante entre a 1ª Divisão e o escalão de Honra, acabariam por não trazer nada de especial à sua carreira. Contudo, no meio de alguns desaires colectivos, a época de 1994/95 acabaria por revelar-se excepcional.
Numa equipa que haveria de divulgar nomes como os de Marcelo (Benfica; Birmingham), Paredão (Benfica; Chelsea) ou Giovanella (Belenenses; Celta de Vigo), Caetano era um dos valores certos no seio do plantel. Comandados por Eurico Gomes, o Tirsense haveria de fazer uma das melhores temporadas da sua história, atingindo o 8º posto da classificação. Ora, os reflexos da dita campanha não tardariam a chegar. Um deles seria a chamada de Caetano à Selecção Nacional, durante a qual ajudaria a “Equipa das Quinas” a conquistar a “SkyDome Cup”.
Após uma derradeira temporada (1996/97) ao serviço do Sporting de Espinho, Caetano, que apenas contava com 30 anos de idade, decide-se pelo fim da sua vida como futebolista. Depois, lançar-se-ia na carreira empresarial, onde, ainda hoje, despende maior parte do seu tempo. No entanto, a sua paixão pela modalidade não o deixaria afastar-se do universo do futebol. Seria noutras funções que Caetano regressaria ao mundo do desporto. Desta feita como dirigente, o antigo internacional português haveria de ser eleito Presidente do União Sport Clube Paredes.

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