503 - HUGO

Apareceu na categoria principal do Sp. Braga com apenas 18 anos. Como jovem que dava sinais de talento, começou, progressivamente, a conquistar o seu espaço dentro do plantel. No entanto, e apesar de na segunda temporada ao serviço dos "Arsenalistas" já ser, em certa medida, uma figura habitual no escalonamento da equipa, ninguém estaria à espera de, tão cedo, o ver partir para outras paragens. Hoje em dia, talvez, nem fosse motivo de espanto, mas numa altura em que ainda não era habitual a debandada dos nossos jovens atletas, Hugo haveria de ser contratado pela Sampdoria.
Já em Itália, sem nunca ser um jogador consensual entre os adeptos, o defesa haveria de conseguir ser um dos nomes com mais presenças no "onze" inicial. Apontado pelos "tiffosi" como lento, desastrado e com falta de técnica, para o técnico Vujadin Boskov, Hugo era uma das primeiras escolhas. Assim se manteve, mesmo sob a alçada de outros treinadores, nas duas épocas que se seguiram... até que de Portugal chega um novo convite!
Ora, o desafio que, no Verão de 2000, apresentariam a Hugo era simples: trocar a segunda divisão transalpina (entretanto, a Sampdoria havia sido despromovida) por um dos "grandes" do Campeonato Nacional. Se foi muito difícil tomar a decisão, não o sei! O que é verdade é que, nesse dito defeso, Hugo deixaria Génova para se instalar em Lisboa.
No Sporting, se alguma vez pensou em ser um dos indiscutíveis no centro da defesa, por certo, acabou por ter uma grande desilusão. Contudo, quer se tenha gostado, ou não, do antigo jogador, há algumas coisas que ninguém pode negar. "Esforço, Dedicação, Devoção..." acabariam por ser os três grandes predicados leoninos, que melhor assentariam em Hugo... quanto à "Glória", essa é discutível! Apesar de tudo, Hugo pode orgulhar-se de ter cumprido 6 temporadas em Alvalade. Nelas, enriqueceria o seu currículo com alguns títulos. 1 Campeonato (2001/02) e 1 Supertaça (2002/03) fazem os números dessa sua passagem.
Foi já para a época de 2006/07 que Hugo abalaria para Setúbal. No Vitória, o ponto mais alto desse seu capítulo, coincidiria com um dos episódios históricos dos "Sadinos" e, porque não dizê-lo, do futebol nacional. A Taça da Liga, esse tal momento, conheceria em 2007/08 a sua edição de arranque. À final, marcada para o Estádio do Algarve, chegariam Sporting e a equipa da foz do Sado. Aos 90 minutos o resultado mantinha-se no 0-0. É então que a marcação dos penalties dá o desempate. Para Setúbal iria a primeira edição da competição e para Hugo, que nesse jogo não saiu do banco, mais um "caneco" para o seu rol de vitórias
O último passo da sua vida de profissional dá-lo-ia mais a Norte e na cidade de Aveiro. Ironicamente, quando por esta altura já poucos jogadores contam em ser preponderantes, Hugo, finalmente, havê-lo-ia de ser. No Beira-Mar, nas 3 temporadas que por lá passou, o nome do central haveria de ser um dos mais apontados na ficha de jogo. Jogou, e muito... mas acima de tudo haveria de ser uma voz de comando. Por essa razão foi-lhe entregue, meritoriamente, a braçadeira de capitão; por essa razão terminou a carreira em grande; por essa razão, podemos dizê-lo, "mais vale tarde do que nunca"!

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